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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Você é um discípulo de Cristo? Então, mostre-me a sua cruz!


Por Milton Júnior,
com sua cruz seguindo a Cristo.

Assunto (tema): A cruz do discípulo.
Objetivo: Desafiar a igreja para viver a responsabilidade voluntária do discípulo de abnegar sua vontade em prol da causa de Jesus Cristo e do Evangelho

Introdução

A história do sofrimento humano é tão antiga quanto o primeiro ato de pecado no Éden. A partir daí flui toda a podridão das angústias. Todo ser humano, cristão ou não, é atingido naturalmente pelas conseqüências do pecado.
No entanto, nem todo sofrimento provém do pecado. Há um certo sofrimento reservado aos que buscam fazer a vontade de Deus... Mas, isto não parece uma contradição? Certamente, contudo, quando nos dispomos ao uso exclusivo de Deus e nos separamos do mal estamos alinhados posicionalmente contra tudo o que não é inerente a Deus, inclusive as nossas próprias vontades.
Será que nós já paramos para pensar no que significa a ordenança de Cristo quanto a tomar nossa cruz e segui-lo? Você teria tal coragem?
Para obtermos uma resposta satisfatória a esta pergunta é de suma importância compreender bem a pessoa de Cristo, pois do contrário compreenderemos mal o legado do cristianismo bíblico; compreenderemos mal seus eternos ensinos espirituais, especialmente um dos que mais nos faz semelhante a ele: O sofrimento da abnegação de si mesmo em um mundo hedonista e cruel!
Não se trata, obviamente, de um ensino que anula completamente a alegria de viver, mas nos faz compreender que podemos ser cabalmente satisfeitos com a vontade de Deus, vislumbrando sua eterna retribuição.

Baseados no texto bíblico de Mateus 16:13-28; 17:1-8, vamos refletir um pouco....

Quem é Jesus Cristo na sua opinião (Mt 16:13-20)?
Se não tivermos a resposta certa a esta pergunta, certamente teremos a atitude errada quanto à vida cristã (Mt 16:21-23).
As atitudes corretas quanto à vida cristã implicam em cogitar das coisas de Deus. Temos “cogitado” das coisas de Deus ou das coisas dos homens? Deus ordena: “É necessário ser fiel, sofrer e morrer”; o mundo persuade: “Fuja da dor, busque conforto e prazer”.
A fé é totalmente oposta ao humanismo e com o amadurecimento espiritual virá – inevitavelmente – dor e sofrimento. Portanto, a negação dos sofrimentos cristãos demonstra compreensão incompleta da obra salvífica de Cristo.

É preciso entender que seguir a Cristo envolve abnegação, dores e sofrimento (Mt 16:24-26).
Para seguir a Cristo é necessário, à priori, negar-se a si mesmo. Este ato significa aniquilar completamente o ego, renunciar as imposições da própria vontade (DAVISON, 1997).
Para seguir a Cristo é necessário, à posteriori, tomar a sua própria cruz. A cruz dispensava qualquer comentário na época, já que eram públicos os inúmeros martírios praticados com ela. Cruz é sinal de morte! Significa morte para o domínio da velha vida de pecados. A ordem de Cristo é enfática, a palavra grega para “tomar” transmitia a seus seguidores a idéia de “levantar” e expor a “cruz própria” de modo que todos pudessem vê-la; ou seja, viver a mesma vida de Cristo em si mesmo! Quanto vale a sua vida? Para Cristo valeu tudo, até a última gota de seu sangue... Mas, para você, quão valiosa ela é para rejeitar a Cristo?

Cristo voltará e pedirá contas dos homens (Mt 16:27-28).
Um princípio do Velho Testamento que se torna mais explícito pelo Senhor com a certeza de sua volta. O que você dirá a Cristo quando este dia chegar?

Cristo é o Rei da Glória (Mt 17:1-8).
Jesus Cristo não é mais um carpinteiro, não é mais um servo sofredor, não é mais um supliciado na cruz... Ele é o Rei da Glória! Diante de quem todo joelho se dobrará e toda língua confessará que ele é Senhor (Sl 24:7-10; Fp 2:5-11)!

Você é um discípulo de Cristo? Então, mostre a sua cruz! Mostre a mesma vida de Cristo em si mesmo!
Conta-se que, em certa ocasião, Napoleão, o famoso general francês do século XVIII/XIX, reunia seu exército para mais uma batalha quando algo o chamou atenção: um jovem bem peculiar em uma das últimas fileiras de um batalhão; a quem mandou chamar para comparecer diante de si e de todo o exército; seus cabelos estavam desgrenhados, sua farda desajeitada, sua fivela e suas botas sem brilho pela sujeira... Um episódio realmente decadente.
O general o observou bem e perguntou-lhe: – Qual o seu nome, soldado?
“Napoleão”, respondeu prontamente o jovem.
Ao que replicou severamente o grande estrategista: – A partir de hoje, ou você muda de atitude ou muda de nome!
Assim tem agido uma porção de pessoas que proclamam-se cristãs. Cristo é o seu camarada, não seu Deus!
Será que temos respondido ao chamado do nosso general, Jesus Cristo, com o mesmo sentimento de dever e ânimo que ele? Será para nós motivo de glória sermos chamados cristãos?



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O poder da oração


Por Cecília N. de Oliveira

A oração é um dos laços mais fortes entre nós e Deus. Através das preces, Deus consola nosso coração, renova nossa confiança nas Suas promessas e na Sua fidelidade e nos tornamos tão íntimos do Pai, que ficamos mais e mais parecidos com Ele. Alguém já disse: “Quando deixo de orar por um dia, percebo a diferença. Quando deixo de orar por dois dias, minha esposa percebe a diferença. Quando deixo de orar por três dias, todos percebem a diferença”. A oração é o combustível da verdadeira espiritualidade, pois não há como manter-se em santidade e devoção ao Senhor sem ter intimidade com Ele.
A oração não serve apenas para nos aproximar de Deus, mas também nos livra de situações adversas. São muitos os exemplos na Bíblia nos quais servos do Senhor recorreram à oração para obterem livramento divino. Lembramos de Moisés, diante do mar Vermelho, que orou e um caminho foi aberto por entre as águas. Ana orou ao Senhor e mesmo sendo estéril foi mãe do profeta Samuel. Davi orou e feriu ao forte guerreiro Golias. Neemias orou e o templo foi reconstruído. Daniel orou e foi livrado na cova dos leões. Ester orou e os judeus foram livres do aniquilamento planejado por Hamã. A igreja primitiva vivia em contínua oração pelos mensageiros do Evangelho, como Paulo, Pedro e os demais, e estes eram livrados da morte, propagando mais e mais a Palavra da Salvação. E tantos outros exemplos nós temos de momentos em que servos fiéis de Deus, no Velho e no Novo Testamento, obtiveram livramento por meio da oração.

De onde vem o poder da oração?

O poder da oração não depende da bondade de quem ora, pois a Bíblia diz que “não há um justo, nem um sequer” (Rm 3:10). Tudo o que somos ou que venhamos a nos tornar de bom provém da eterna graça de Deus que nos aperfeiçoa, derramando os atributos de Deus em nós, a fim de que frutifiquemos em toda a boa obra. Portanto, não há nada de bom em nós mesmos, pois até a fé que temos foi Deus quem nos deu. Assim, o poder na oração não depende de bondade humana.
O poder na oração não depende do número de vezes que a repetimos, pois a mesma Bíblia exorta a que não usemos “de vãs repetições, como fazem os gentios, que pensam que pelo muito falar serão ouvidos” (Mt 6:7). Deus sabe do que nós necessitamos antes mesmo que nós mencionemos; portanto, não é o número de vezes que pedimos algo ao Senhor que definirá o poder na nossa oração. A Bíblia nos ensina que devemos dispor diante do Senhor todas as nossas necessidades; no entanto, o simples fato de repetirmos um pedido não implica dizer que Ele atenderá. Por exemplo: Alguém poderia pedir repetidas vezes para o Senhor prejudicar o seu próximo; mas Deus, sendo Justo, jamais atenderia tal pessoa, por mais que pedisse centenas de vezes.
O poder da oração não depende nem do tamanho da fé de quem ora. Isso fica muito claro no texto de Atos 12:5-17, o qual relata que Pedro estava preso e a igreja, reunida na casa de João Marcos, para orava por seu livramento. Quando, entretanto, Deus atendeu a oração dos irmãos, mandando Seu anjo libertar o apóstolo do cárcere, eles não creram, e nem quiseram abrir a porta quando Pedro pediu para entrar. Notamos que os irmãos estavam orando, mas não criam efetivamente que seriam atendidos. Há momentos em que de fato não conseguimos enxergar a solução para nossas adversidades, mas elevamos nossas petições ao Senhor, com gemidos inexprimíveis, e Ele, que é Benigno e compassivo, atende-nos, embora nossa fé tenha sido tão pequena. É certo que a Bíblia ensina que devemos nos achegar diante do trono de Deus com confiança, crendo que receberemos resposta para nossas inquietações. Todavia, o poder na oração não depende da nossa fé.
O poder da oração depende tão somente de Deus! É Deus quem nos ensina a orar (Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós soberanamente com gemidos inexprimíveis – Rm 8: 26). É Ele quem nos dá a fé para crermos que Ele responderá (... A fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós – At 3:16). Ele conhece as nossas necessidades antes mesmo que nós as mencionemos (... Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais – Mt 6:8 b). E Ele nos assegura que responderá a cada uma das nossas orações conforme a Sua Bendita vontade (E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve – I Jo 5:14). Tudo é por Cristo, com Cristo e em Cristo. Deus é soberano; ainda assim quer que nós levemos nossas petições a Ele, pois isso agrada ao Seu coração (Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abri-se-vos-á – Mt 7:7).

Por que algumas das nossas orações não são atendidas?

A Bíblia ensina que Deus é Santo; assim sendo, não pode haver comunhão entre a luz (santidade) e as trevas (pecado). Portanto, os nossos pecados nos separam de Deus. Se já somos salvos, não perderemos jamais a salvação; contudo, quando estamos na prática do pecado, nossa comunhão com Deus é impedida e conseqüentemente nossas orações. O capítulo 59 do livro de Isaías, nos versículos iniciais deixa isso bem claro: “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59:1 e 2). Vemos, assim, que se não estivermos em comunhão com Deus, nem pedirmos perdão pelos nossos pecados, não seremos atendidos nas nossas reais necessidades.
Todavia, o Senhor também deixa de responder as orações por outros motivos que não o pecado. Algumas vezes Ele o faz para nos ensinar a confiar e depender dEle; outras porque o que pedimos não está conforme Seus propósitos para nossas vidas; e outras porque pedimos a coisa certa no momento errado e o Senhor nunca falha, Ele faz sempre o melhor, da melhor forma e no melhor momento. Portanto, não devemos desanimar quando, mesmo estando em comunhão Ele, as nossas orações não estejam sendo atendidas. Ele certamente tem feito tudo perfeito e ao seu tempo entenderemos (... O que eu faço não o sabes agora, compreendê-lo-ás depois – Jo 13:7).

Algumas promessas de Deus sobre a oração:

II Reis 20:5 – Deus vê as nossas lágrimas e nos ouve;
Salmo 4:3 – O Senhor ouvirá quando o invocarmos;
Salmo 50: 14 e 15 – Podemos clamar a Deus no dia da angústia;
Isaías 40:31 – Quando esperamos em Deus, Ele renova as nossas forças;
Mateus 18:19 e 20 – Há grande poder quando os cristãos oram juntos em o nome de Jesus;
I João 1:9 – Obtemos o perdão dos nossos pecados mediante a oração;
I Pedro 5:7 – Podemos lançar sobre Deus toda a nossa ansiedade;
I João 5: 14 e 15 – Quando pedimos, Deus ouve e promete responder.

            Que estreitemos cada vez mais nosso canal de comunhão com o Senhor, para vivermos plena e abundantemente como Ele mesmo planejou para que vivêssemos!

Obrigada a todos que oram por nos!

Graça e paz!