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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A mulher rixosa


Por Cecília N. de Oliveira

O Novo Comentário da Bíblia (1997), organizado por F. Davidson, afirma que o livro dos provérbios da Bíblia Sagrada é um livro de disciplina: “toca em cada departamento da vida e demonstra que [a sabedoria] é o alvo do interesse de Deus. (...) E a sabedoria precisa dominar a vida inteira; não apenas a devoção de um homem, mas também sua atitude para com sua esposa, seus filhos, seu trabalho, seus métodos de negócio – e até suas maneiras à mesa” (p. 629).
De fato, não há um assunto que seja de interesse do homem em suas atribuições espirituais, físicas, morais e sociais, que não seja tratado pelo livro de provérbios. Sabendo disso, buscamos nele as diretrizes de Deus para a conduta cristã e mais especificamente, dada a presente proposta, para a mulher cristã. Quando pensamos em vida cristã e no conceito de mulher, somos facilmente remetidos aos textos que descrevem a mulher virtuosa (Pv 31) e a mulher sábia (Pv 14). Todavia, não raro nos esquecemos que a mesma Palavra que orienta como as mulheres devem proceder também indica o que devem diligentemente evitar e a obediência de um princípio está intimamente ligada à observância do outro.
Por quatro vezes, no livro de Provérbios, o sábio Salomão, inspirado por Deus, referiu-se à vida de alguém com uma mulher rixosa, como sendo insuportável. Em Pv 21:9 e Pv 25:24, é repetido e enfatizado que: “melhor é morar no canto de um eirado do que junto com uma mulher rixosa na mesma casa”. Já em Pv 21:19 diz: “melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda” e em Pv 27:15 e 16 finaliza: “o gotejar contínuo no dia de grande chuva, e a mulher rixosa, são semelhantes, contê-la seria conter o vento, seria pegar o óleo na mão”.
Para entender o alerta de Salomão e compreender a profundidade desses versículos, precisamos analisar cada uma dessas metáforas.

O canto do eirado:
            De modo geral, eirado é um terraço e especificamente pode conotar um depósito de legumes ou de cana-de-açúcar; ou ainda pode ser o lugar onde se junta o sal, ao lado das marinhas. Em todas essas definições vislumbramos um lugar marginalizado, provavelmente pouco higiênico e onde se amontoam coisas de forma desorganizada. Notemos ainda que o escritor diz ser melhor morar no canto de tal lugar do que com uma mulher rixosa. Se o eirado completo já não seria, de forma alguma, um lugar apropriado para um rei habitar, que dirá o canto desse espaço! Concluímos que é preferível viver em aperto, sem higiene e sem conforto a dividir uma casa ampla e aconchegante com uma mulher dessa estirpe.

Uma terra deserta:
            Geograficamente falando, o deserto nem de longe é um lugar habitável para o ser humano nem para a maioria dos animais. Seu clima é péssimo, há pouca chuva, o solo não é fértil, pois formado por areia e rochas em sua maior parte. Durante o dia o sol é escaldante e suas noites são gélidas; sem mencionar as feras que atacam durante a noite e das serpentes venenosas que se escondem nas fendas das rochas e na areia.
            Outro aspecto dessa imagem seria a solidão. Como a vida é especialmente complicada nessas regiões, os moradores são escassos. Assim, viver em uma terra deserta seria viver sem o auxílio, a companhia, o conforto nem o zelo de quaisquer outras pessoas; seria viver ensimesmado, recluso e ter que lidar com a idéia de abandono que, não raro, conduz muitos a depressões profundas e até ao suicídio.
O deserto ainda é metáfora de forte provação. Costumamos nos referir às situações difíceis por que passamos na vida como desertos, dado que nos sentimos sozinhos, necessitados, a mercê de perigos noturnos e sedentos na maior parte do tempo de tais provas. Mais uma vez o sábio afirma que é preferível viver assim, sujeito a todos esses perigos e desconfortos, do que com a mulher rixosa.

O gotejar contínuo em dia de grande chuva:
            Quando pensamos em goteiras, o senso comum nos remete à idéia do desconforto de não conseguir dormir facilmente incomodados com o barulho das gotas... No entanto, essa imagem diz além. Primeiro não se trata de poucas gotinhas, mas de um gotejar contínuo e de uma grande chuva, o que em si esgotaria a paciência de muita gente.
            Além disso, pesquisando sobre histórias reais de guerras, pudemos descobrir que alguns prisioneiros eram submetidos à tortura da gota, que seria pô-los debaixo de uma goteira, machucados, famintos, exaustos e muitas vezes despedidos a fim de fazê-los confessar seus crimes. Isso pode parecer simplório à primeira vista, mas se observarmos os orifícios que pequenas gotas de água conseguem abrir no concreto quando despencam continuamente, entenderemos o dono que isso pode causar no ser humano. Nem dormir é possível neste estado.
Como Salomão era filho de um homem valente, que enfrentou inúmeras guerras (Davi), ele certamente considerou esse contexto quando comparou  gotejar contínuo com uma mulher rixosa. Que declaração de peso! Diz ele que é tão impossível contê-la quanto o é conter o vento ou segurar o óleo pela mão. Ela é alguém indomável, constante em irar-se e escorregadia. Quão terrível é a vida ao lado de uma pessoa assim!

Mas, afinal, o que é ser uma mulher rixosa?
            No dicionário Aurélio, o termo está associado a contenda, briga, revolta, discórdia, desavença, disputa e amargura...
Quantos casamentos têm sido desfeitos, quantos filhos têm cometido suicídio, quantos conflitos têm ocorrido em locais de trabalho, quantas desavenças nas vizinhanças, quantas revoltas familiares e quanta amargura tem sido espalhada em muitos corações por causa de mulheres que se tornaram rixosas!
A mulher rixosa é vergonha para seu marido porque suas atitudes tornam pública sua insubmissão. Suas palavras ferem a alma e o deixam tão perturbado quanto um prisioneiro de guerra. Muitos homens esgotam suas forças no trabalho e seu tempo nos encontros com os “amigos” por não quererem voltar para casa e se depararem com as lamúrias dessa mulher.
Muitos filhos têm crescido em lares desequilibrados, nos quais os pais conservam-se distantes da vida comum do lar e as mães descarregam toda a sua frustração neles. Estudos comprovam que até os dois anos de idade, aproximadamente, a menina tende a adquirir o comportamento psicológico e emocional da mãe e que depois dessa idade, os laços ficam tão enraizados que apensas com muito trabalho direcionado e sobretudo (acrescentamos) com a ação de Deus isso pode ser revertido. Isso implica dizer que uma mãe rixosa está formando uma filha rixosa que, se continuar assim, atormentará muitas outras vidas.
Os filhos homens não estão isentos de danos semelhantes. Geralmente, esse tipo de mulher se desfaz da autoridade do marido, o que pode perturbar  referencial masculino de cabeça e líder de uma família, levando o filho homem a temer o matrimônio ou a desenvolver outros traumas como depressões.
Não faltam exemplos nos mais diversos segmentos da vida em sociedade para confirmarmos as palavras do livro sagrado que dizem ser preferível viver no canto de um eirado ou em terra deserta do que dividir uma casa ampla com uma mulher rixosa.
A mulher rixosa é aquela que pensa estar sempre com a razão e mesmo quando sabe que não está, não mede esforços para esconder suas responsabilidades culpando os outros. Ela nunca está pronta para ouvir, mas é precipitada no falar e no se irar. Para ela todo dia é dia de contender e isso não está necessariamente associado ao que os outros lhe tenham feito. Ela briga porque sente prazer nisso.
Essa é a condição natural do pecador, mas é uma lástima verificar que no meio do povo de Deus há muitos exemplos de mulheres com esse perfil... A despeito de toda exortação que a Bíblia faz sobre mansidão e domínio próprio, essas mulheres têm envergonhado o Evangelho e o nome de cristã em seus lares, muitas vezes diante de maridos e/ ou filhos descrentes; em seus trabalhos e em outros segmentos sociais, com exceção da igreja, onde muitas vezes disfarçam uma simpatia pelos irmãos e pelos visitantes.
Cientes de todos os danos que, por implicação, a Bíblia aponta que uma mulher rixosa pode causar, empenhemo-nos com confiança no Senhor em vigiar e orar a fim de não sermos surpreendidas nessa falta. Antes, pelo contrário, que venhamos buscar nas escrituras sagradas, o exemplo a seguir.
Meditemos em: Pv 11:6; Pv 11:22; Pv 12:4; Pv 14:1; Pv 14:29; Pv 31:10 e Pv 31:30.
Que seja a essas mulheres que nos assemelhemos, a fim de que o nome do nosso Bendito Deus seja glorificado onde quer que estejamos.
 Graça e paz.
Maranata!

Depois da chuva, o sol brilha!

Por Cecília N. de Oliveira

 Texto: Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece (Tiago 4:14).

·         Nossa vida é uma neblina

Quantos anos você tem? Você consegue lembrar cada coisa que já vivenciou? Por mais jovens que sejamos, ficamos sempre impressionados quando paramos para lembrar das coisas que já vivemos. Se fôssemos parar para refletir, já vivemos tantos momentos felizes, dos quais podemos até sentir muitas saudades; já passamos também por situações difíceis das quais nem gostamos de lembrar e já passamos por momentos que, de tão simples, nem sequer lembramos, somente quando alguém nos refresca a memória é que dizemos: “Ah, foi mesmo. Nossa, eu nem lembrava mais disso!”.
Jovens ou não, o fato é que segundo a Palavra de Deus a nossa vida aqui nesta terra é uma neblina. E o que é uma neblina? É aquela chuvinha fininha que quando o sol aparece, ela logo desaparece. É uma névoa que não resiste muito tempo, logo se evapora. Assim é a nossa vida aqui nesta terra. Ela é passageira, seja boa ou dolorosa, ela vai passar e o que virá depois é eterno.
Algumas pessoas podem até argumentar: “Ah, mas eu conheço um homem que viveu 100 anos e outro que viveu alguns anos a mais que isso...” Bem, de fato, algumas poucas pessoas atingem essa idade. Todavia, até para estas, quando o fim deste percurso chega, a vida parece-lhes uma neblina. Quantas pessoas você já não ouviu ou ouviu dizerem que afirmaram no leito da morte: “Ontem mesmo eu tinha 15 anos e agora estou morrendo... Como a vida passou rápido!”, quantas pessoas já disseram isso? Muitas!
Se sabemos que a nossa vida é uma neblina, podemos agora parar para pensar e aprender com isso. Como lembramos acima, enquanto vivemos, nós passamos por tantas situações. Confesso que a maioria delas triste e muitas vezes ficamos desanimados com tanta tribulação, tanto sofrimento, tanto pecado, tanta maldade espalhada entre os homens... Estou escrevendo aqui e há pouco li a respeito de conflitos no Rio de Janeiro. A guerra do tráfico tem feito tantas vítimas. Cidadãos honestos tem pagado um preço altíssimo, muitas vezes com a vida física, por culpa de bandidos. A que ponto chegou a humanidade!
Mas, quando nós paramos para lembrar do que as Escrituras Sagradas (a Bíblia) nos dizem a respeito dessa vida terrena, nós podemos nos consolar, porque Deus garante que tudo isso vai passar.

·         Todo sofrimento vai passar

Toda a dor que passamos aqui, todas as provações, as dificuldades na saúde, nas finanças, nos relacionamentos e em todas as áreas da nossa vida vão passar, assim como a nossa vida que é uma neblina.
Isso é motivo de consolo, não?! A Bíblia diz em Apocalipse 21:4: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”. Essa é uma preciosa promessa de Deus para aqueles que o servem como verdadeiro Senhor de suas vidas. Se você já tem Cristo como seu verdadeiro e único salvador, pode com certeza consolar seu coração com essa promessa. Tudo isso aqui vai passar!
Deus também nos promete que nos dará a comer da árvore da vida que se encontra no Paraíso de Deus (Ap. 2:7); Ele diz que jamais sofreremos o dano da segunda morte (Ap. 2:11); também nos dará do maná escondido, bem como uma pedrinha branca onde estará escrito um nome novo, o qual ninguém conhecerá, somente quem o recebe. O Senhor inda nos promete dar autoridade sobre as nações (Ap. 2:26), nos vestir com vestimentas brancas, de modo que nosso nome jamais será apagado do livro da vida, pelo contrário, será confessado diante do Pai e dos seus anjos. E Ele nos promete também que fará de nós coluna no santuário do Altíssimo e gravará em nós o nome de Deus.
Todas essas promessas e ainda muitíssimas outras, Deus promete para os seus verdadeiros filhos quando essa neblina passar. Ora, se sabemos que grandes coisas Deus tem preparado para nós, podemos assim nos alegrar, mesmo quando estamos passando por tribulações. Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e por isso podemos confiar que o nosso Senhor é fiel para nos guardar até o fim.
É muito importante também lembrarmos que todas essas promessas de Deus para nós serão realizadas unicamente por Sua graça e misericórdia, não por nosso merecimento. Isto porque somos todos pecadores e Deus nos amou quando andávamos nas trevas. Foi Ele mesmo quem se entregou na cruz por nós. Foi Ele mesmo que pagou um preço tão alto para nos purificar. Foi Ele mesmo quem nos chamou para a salvação. E é Ele mesmo que merece toda a honra e toda a glória tanto na terra quanto no céu. Assim, nossa neblina aqui nesta terra deve ser vivida da melhor forma, para que glorifiquemos a Deus, porque Ele merece!

·         Aproveitemos para o bem esse tempo aqui

O que podemos fazer para viver uma vida que, por mais difícil e conturbada que seja, glorifique a Deus?
Nós podemos começar onde estamos. Se nós somos donas de casa, vamos nos esforçar para fazer tudo com amor e dedicação, mesmo que muitas vezes não sejamos reconhecidas. Vamos fazer, não porque os filhos merecem ou porque as pessoas da casa são todas amáveis, mas vamos fazer  melhor para agradar a Deus. Fazendo isso, Ele verá que estamos respondendo a graça dEle que está em nós.
Se nós trabalhamos fora de casa, vamos nos esforçar para fazer o melhor trabalho que pudermos. Muitas vezes teremos patrões duros, pessoas que não se contentam com nosso trabalho e desestimulam-nos no lidar diário. Mas, para glorificar a Deus, devemos lembrar que nossa vida aqui é uma neblina e que por isso devemos dar o nosso melhor no trabalho também, mesmo que ao nosso ver seja em vão. Porque no Senhor, o nosso trabalho não é vão. Deus vê todas as coisas e Ele não ficará feliz vendo Seus servos vivendo de forma relaxada e descompromissada. O filho de Deus deve ser exemplo onde estiver. Apesar de ser um miserável pecador como todos os outros, ele tem o Espírito Santo de Deus fazendo morada em seu coração. Assim, pela graça de Deus, nós podemos glorificá-Lo também no trabalho.
Se nós estudamos em algum lugar, devemos nos esforçar para ser luz ali também. É tão triste quando vemos crentes vivendo como se a vida aqui na terra fosse durar para sempre. É tão triste quando vemos os filhos de Deus tão apegados às coisas que vão passar e tão desapegados as coisas de Deus que são eternas. Se estudamos, vamos glorificar a Deus com isso. Vamos ser exemplo de dedicação e zelo. Assim, Deus será glorificado em nossas vidas.
Se nós servimos em algum ministério específico na Igreja do Senhor, vamos fazer na humildade, lembrando sempre que tudo o que nós temos, tudo o que nós somos e tudo o que viermos a ser no futuro vem de Deus. E por isso não temos mérito nenhum. Não procuremos servir somente de vista, porque o Senhor sonda os corações e conhece todas as intenções.
E, acima de tudo, amados, vamos fugir de todas aquelas coisas que nos separam de Deus. Às vezes essas coisas vem através da televisão, às vezes da internet, às vezes das novas amizades, às vezes até do sono excessivo. Às vezes queremos descansar demais ou trabalhar demais e deixamos de buscar a comunhão com Deus. Lembremos de um versículo que Jesus disse: “Trabalhai enquanto é dia, a noite vem, quando ninguém mais pode trabalhar” (João 9:4).
Para aqueles que não conhecem a Cristo com Único Salvador, lembro-lhes que nossa vida é como uma neblina, que cedo passa e todas essas maravilhosas promessas são asseguradas para aqueles e somente para aqueles que foram comprados pelo sangue de Cristo na cruz. Assim, para usufruir de todas essas maravilhas celestiais, é necessário antes arrepender-se dos seus pecados e confessarem-nos a Cristo, que é o Único que pode perdoá-los e conduzir-nos em triunfo ao Seu glorioso Deus.
Portanto, amados, vamos descansar em Deus, vamos confiar em Deus e vamos trabalhar para Deus, porque a nossa vida aqui é uma neblina e depois da névoa virá a glória eterna nos céus; aquela que nunca se apagará; aquela que está reservada para aqueles que se renderam aos pés do Cordeiro Santo!

Maranata: Vem, Senhor Jesus!

Independência ou morte?


Por Cecília N. de Oliveira

No início do século XIX, mais precisamente no dia 07 de setembro de 1822, o Príncipe Regente D. Pedro bradou perante a sua comitiva: “Independência ou Morte!”, às margens do rio Ipiranga, proclamando assim a independência política do Brasil em relação a Portugal, sua então metrópole. Alguns anos depois, em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel de Bragança assinou a Lei Áurea, que decretava a libertação dos escravos, tornando o Brasil um país ainda mais livre, teoricamente.
Atualmente, nestas datas comemorativas, vemos pessoas vestindo verde-amarelo, criancinhas de rostos pintados e instituições providenciando faixas, cartazes e desfiles para lembrar ao povo brasileiro da sua liberdade. Entretanto, não consigo esquecer que 365 dias por ano o povo brasileiro permanece cativo no seu Brasil brasileiro. Diariamente, assistimos nos telejornais, lemos nas revistas, acessamos na internet e ouvimos nas esquinas relatos de assaltos à mão armada, seqüestros, corrupção alastrada. A violência impera prodigiosa; violência doméstica de todos os tipos, bullying nas escolas, massacres e linchamentos. Dentro das casas, os filhos planejam o assassinato dos pais, enquanto marido e mulher se traem e traem seus filhos de todas as formas. Quase inexiste o respeito sem ambição. As pessoas estão cada vez mais egoístas e criminosas. As virtudes estão morrendo e quase só se faz o bem para aparecer na mídia (seja ela na TV, no ambiente de trabalho, na rua onde mora e até na Igreja!).
Definitivamente não vejo pessoas livres! O trabalho tem escravizado as pessoas. São leis que desvalorizam o cidadão comum, são leis boas que não chegam à execução, são cargos comissionados que supervalorizam o QI (Quem Indique)... Nas casas, as pessoas vivem aprisionadas por grades que elas mesmas construíram a fim de se protegerem dos bandidos que andam às soltas. Será que o homem é verdadeiramente livre? Será que essas prisões morais, sociais, econômicas e políticas são exclusividade brasileira? Será?
A Bíblia nos traz essa resposta! Ela nos ensina que todos nós, independentemente da etnia, posição social, situação econômica e nacionalidade, nascemos pecadores: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23). O pecado é tudo aquilo que se coloca contra a santidade de Deus. Nós fomos criados para glorificar a Deus com todas as nossas ações e intenções. Todavia, quando o primeiro homem pecou, legou a todos os seus descendentes o peso do pecado: “Eu nasci na iniqüidade e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5). Dessa forma, todos já nascemos sujos com o pecado e isso nos faz constantemente errar o alvo (que é glorificar a Deus). Pecar é, portanto, erra o alvo. Se todos nós nascemos pecadores, nascemos todos escravos, pois o próprio Jesus Cristo nos disse que o pecado escraviza o ser humano: “Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: Todo o que comete pecado é escravo do pecado” (João 8:34).
A partir dessas verdades bíblicas entendemos melhor a realidade que nos cerca, embora não seja-nos agradável! De fato, ninguém pode ser livre por si mesmo. Não foi o grito do Ipiranga nem a Lei Áurea que nos proporcionou a liberdade que tanto almejávamos. Mas, foi o sangue de Cristo, derramado naquela cruz, que pode nos libertar do império das trevas, das garras do pecado e fazer de nós pessoas livres, livres para glorificar a Deus, verdadeiros cidadãos dos céus! Como eu sei disso? A bíblia nos assegura: “Se, pois, o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36). Só Jesus pode libertar um coração cheio de pecado e dar a ele vida verdadeira, abundante e eterna.
A essa altura, muitos podem estar pensando: “Mas eu não sou escravo! Eu sou um cidadão! Eu respeito e amo meu país! Eu não sou tão mal assim!”. Ao que respondemos: Acreditamos que o Deus da Bíblia é a própria verdade e que o que Ele diz não pode ser negado. Foi ele mesmo quem disse em Sua Palavra: “Não há um justo, nem sequer um, não há quem entenda, não há quem busque a Deus” (Romanos 3:10 e 11). Verdadeiramente, todos nós nascemos pecadores e a única coisa que merecíamos era a condenação eterna, a morte eterna, em um lugar indescritivelmente mau: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23). As pessoas até acreditam que Deus existe, mas por si mesmas elas não querem entregar a ele as suas vidas, elas querem manter o controle dos seus passos, querem se entregar às paixões da carne e vivem disfarçando a crueldade que é inerente a todos os corações. Não é de se admirar que vejamos tantos crimes, tanta injustiça, tanta corrupção e tanto choro em um mundo onde Deus não é o centro; onde os homens se querem independentes e permanecem por conta própria escravos do pecado. Eis a explicação!
Mas Deus, que é riquíssimo em amor e misericórdia, não abandonou a humanidade a sua própria má sorte! Ele providenciou uma solução e foi esta: Ele mesmo pagaria o preço pelo pecado de todos os que seriam salvos: Ele sofreria a morte em nosso lugar, em nosso favor, só porque Ele nos amou, mesmo sem que merecermos! “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8). Sim! Ele deu o brado de liberdade: O Verdadeiro brade que os proporcionou a verdadeira independência (independência do pecado, dos laços da carne, da condenação eterna), que foi: “TESTELESTAI!” E significa: “Está consumado!” Eis o nosso libertador Real! O Rei dos Reis, aquele que venceu a morte e ressuscitou ao terceiro dia, comprando para nós, com o seu próprio sangue, a verdadeira liberdade! “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Colossenses 1:13).
Quando Deus nos dá a consciência de nossa real condição de pecadores separados da Sua glória, só temos um caminho certo a seguir: Confessar-LHE os nossos pecados e rendermo-nos a Ele, entregando-LHE não só nossos pedidos de saúde, de um trabalho e de um lar para morar, mas entregando-LHE toda a nossa vida. Assim, Ele reinará em nós, fará em nós morada, será o nosso Pai querido e nos guiará pelas veredas da justiça, por amor do Seu nome! “Se confessamos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de TODA a injustiça” (I João 1:9). A partir daí passamos a usufruir de uma vida abundante, cheia da verdadeira paz de Deus, que excede todo o entendimento, que não depende das coisas que vemos, que não está sujeita às circunstâncias, que jorra como uma fonte para a vida eterna com Deus! Pela graça de Deus unicamente, eu já segui esse genuíno caminho... E posso dizer: Não há no mundo decisão mais importante!
E você, o que vai escolher? Independência ou morte?

O exemplo de Ana: Os atributos da mulher cristã


Por Cecília N. de Oliveira

Ana, esposa de Elcana, era uma mulher virtuosa; sua história é modelo para todas quantas queiram servir a Deus fielmente. Em face de sua esterilidade e no seio de uma sociedade patriarcal e rigorosa, Ana mantinha sua fidelidade e adorava periodicamente ao Senhor em Siló.
Diante das afrontas de sua competidora, ela não pagava “mal por mal nem injúria por injúria”; pelo contrário, derramava seu coração n’Aquele que era Poderoso para lhe consolar.
Ana foi fiel a Deus apesar dos erros dos seus líderes religiosos, quando o próprio Eli, o sacerdote, a acusou injustamente. Lembremos que o acusador teria alças de sobra para ser pego (repreensível), uma vez que seus filhos eram exemplo de corrupção e desobediência ao nosso Deus. Contudo, aquela serva não proferiu réplica de acusação n tampouco murmurou, preferindo esperar na justiça do Senhor.
Essa mulher manteve-se confiante na onipotência divina, pois alegrou-se antes mesmo da concepção do menino Samuel, o que demonstra sua fé no poder da oração e na Bondade d’Aquele que nos agracia com bênçãos que não se podem contar.
Ana foi também testemunho de obediência, pois havendo alcançado a bênção há muito desejada, não usurpou de Deus o que lhe prometera, antes entregou-LHE o que mais ansiava.
Assim, Ana foi exemplo de filha, sendo obediente ao Pai Celeste, apesar da grandiosidade de suas aflições. Foi exemplo de mãe, acompanhando o crescimento de seu filho no caminho do Senhor e não somente suprindo suas necessidades materiais, como também afetivas, dando-lhe a atenção e o carinho devidos. E foi exemplo de esposa, pois ele a amava mais do que a Penina e seu “coração estava nela confiado”, a ponto de ele mesmo afirmar que lhe era melhor do que dez filhos. Esse é o modelo de mulher virtuosa: plena de testemunho, rica em fidelidade, regada de confiança no Supremo e coroada de boas obras.
A nós, cabe analisarmos o presente século e novamente nos questionarmos com fez a mãe do rei Lemuel, no versículo dez do provérbio trinta e um: “Mulher virtuosa, quem achará? O seu valor muito excede ao de rubis”. Será que estamos prezando pela conduta que Deus requer de seus servos? Será que não estamos nos deixando vencer pelo culto da mera aparência, que prima por uma beleza unicamente exterior, a qual cedo passa tal como seca-se a erva e cai a sua flor? Quais os reais atributos que estamos admirando nos filhos e nas filhas de Deus? Será que eles transcendem a um rostinho bonito e a um dote de meia dúzia de palavras doces?
Que reflitamos naquilo que Deus espera de seus filhos, qual seja: um coração reto que prima por Seus princípios. Que a maquiagem social não deturpe a plena beleza que procede do Espírito Santo de Deus. E que os nossos frutos exalem o bom perfume de Cristo; assim seremos belos e belas diante d’Aquele que realmente importa: Nosso Salvador!

Salmo 119, O Amor Pelo SENHOR E Pela Sua Palavra



Por Milton Júnior,
aprendendo e praticando na dependência Espírito Santo.
Tema(s): Aprendizagem e prática das Escrituras. 
Objetivo(s): Motivar a Igreja a se dedicar mais em conhecer e praticar a Bíblia.

Introdução

A palavra salmo significa cânticos acompanhados de instrumentos de cordas. Não sabemos ao certo quando, nem como, o Livro de Salmos foi organizado, contudo, dos 150 piedosos poemas desta coleção podemos atribuir alguns a Davi, a Salomão, aos filhos de Coré, a Azafe, a Hemã, a Etã e a Moisés, dentre uma boa porção em anonimato como o Salmo 119. O Saltério, como também é conhecido, é divido em cinco partes, talvez numa tentativa de assemelhar-se ao Pentateuco, e por seus principais temas observamos o encontro pessoal com Deus, a importância da ordem natural das coisas e o conhecimento consciente da história. Há quem tenha dito que o Livro de Salmos é a Bíblia em miniatura.

O salmo 119

O Salmo 119, o mais longo dos salmos anônimos, é uma sublime façanha metalingüística sobre a própria Palavra de Deus. Seu padrão acróstico perfaz as 22 letras do alfabeto hebraico com estrofes de oito versículos para cada letra somando ao final 176 versículos. Sua principal característica recai no apaixonado jogo de sinônimos para a vontade de Deus, a saber: Lei, a torah, “instrução” ou “ensino”; testemunhos, princípios gerais de ação; preceitos, regras de conduta; estatutos, regulamentações sociais; mandamentos, princípios religiosos; ordenanças, julgamentos para relações humanas; juízos, regras para a vida; palavra (1) ou promessa, vontade declarada de Deus; palavra (2), palavra de Deus conforme é exposta aos homens; caminho, variante dos oito sinônimos (DAVIDSON, 2002)[1].
“O motivo religioso neste salmo, em distinção à sua estrutura literária, é a tentativa de expressar a experiência de sofrimento e castigo que sobrevém a um homem que se apega a uma fé implícita e amorosa no Senhor, cuja vontade e palavra são boas e verídicas [...]” (DAVIDSON, 2002)[2]. “Descreve como a Palavra nos capacita a crescer em santidade e a lidar com as perseguições e pressões que sempre acompanham uma caminhada obediente na fé” (WIERSBE, 2006)[3].

Versos 105-112

V. 105. Luz para os meus caminhos...

Neste verso, vemos combinadas duas imagens bíblicas conhecidas, a vida como um caminho e a Bíblia como a luz que nos permite enxergá-lo. Antigamente, as pessoas carregavam pequenas lamparinas com óleo e tal luminosidade lhes permitia enxergar apenas um passo de cada vez (WIERSBE, 2006). Leiamos João 1:5.

VV. 106-108. Mais do que promessas...

Promessas a Deus e às pessoas não nos levarão ao crescimento espiritual necessário, devemos depender do Espírito Santo na tomada de decisões que honram o sacrifício de Cristo por nós. É de vital importância sermos sinceros em oração e adoração. Com que comportamento aguardamos as respostas das orações ou servimos no Reino de Deus? (WIERSBE, 2006). Leiamos Filipenses 4:5-9.

VV. 109-110. Lembrete importante...

As Escrituras foram originalmente registradas em grandes rolos guardados pelos sacerdotes, assim quem quisesse aprender sobre Deus deveria estar plenamente atento ao que se expunha nas leituras públicas, pois não haveria tão facilmente outra oportunidade (WIERSBE, 2006). O Espírito Santo nos trará à memória o que sabemos, não o que nunca tivemos conhecimento. Leiamos Hebreus 5:11-14.

VV. 111-112. Todo o meu prazer...

Cavar é uma atividade árdua, porém no garimpo da Palavra de Deus temos constante alegria ao encontrarmos os tesouros da vida! Quando estamos determinados a obedecer a Bíblia, a vida está no rumo certo (WIERSBE, 2006). Leiamos Colossenses 2:1-3.







[1] DAVISON, F. O Novo Comentário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 2007.
[2] Ibden. 
[3] WIERSBE, W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: Volume III, Poéticos. Santo André, SP: Geográfica Editora, 2006.

Relacionamentos. Qual a opinião de Deus?


Por Milton Júnior,
separado para o uso de Deus.
Tema: Amizade e namoro entre crentes e descrentes.
Objetivo: Demonstrar biblicamente qual a vontade de Deus para as escolhas que fazemos dentro dos nossos relacionamentos visando amizade ou matrimônio. 

Introdução

Desde o princípio a Bíblia registra a vontade de Deus para a vida do Seu povo, porque Deus se importa conosco e com o testemunho da Sua glória. Como tal, nossos relacionamentos, seja para a fraternidade, seja para o matrimônio, pode ser algo que viole ou não a vontade do Senhor para nossas vidas e conseqüentemente trazer muito sofrimento e dores incontáveis. É necessário termos muito cuidado com quem escolhemos para sermos nossos amigos e pretendentes, pois isso pode nos custar toda a vida em santidade, serviço a Deus e paz.

“Chamamos de namoro a união de afetos, relativos à fase em que o moço e a moça procuram se conhecer, descobrir afinidades espirituais e psicológicas e interesses, afim de se casar em tempo próprio.
Na Bíblia não encontramos a palavra namoro ou namorado. Encontramos sim, a palavra noivo, noiva, esposo, esposa, marido e mulher.
No Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, a definição de namoro é o ato de namorar. E namorar é procurar inspirar amor, pretender o amor, ficar enamorado” (DESCONHECIDO)[1].  

1. Qual o Princípio desde o princípio?

Êxodo 23:32-33; 34:12-16.

Deus, através de Moisés, adverte ao povo dos perigos físicos e espirituais que enfrentarão ao entrarem na terra prometida de Canaã para não se separarem dEle, unindo-se a outros povos e adorando os seus deuses. Após fazer a Aliança com o povo, dando-lhes as segundas Tábuas da Lei, Deus ratifica alguns mandamentos, dentre eles não se misturar com povos estranhos, mas opor-se a eles.
Para sermos abençoados por Deus devemos guardar no coração a Sua santa vontade e nos mantermos fiéis. É promessa do Senhor!      

2. Aprendendo com o erro dos outros...

1 Reis 11:1-8.

Se Salomão, o homem mais sábio do mundo, abandonou a Deus por não se separar das mulheres pagãs o que dizer de nós, se desprezarmos o conhecimento das Escrituras Sagradas?

Observemos a ilustração apresentada numa fábula de um escritor francês do século XVII, A Gata Transformada em Mulher:

“Certo indivíduo tinha uma gata a qual simplesmente adorava: achava-a linda, elegante, aristocrática. Até seus miados o extasiavam: o pobre homem havia perdido o juízo.
E aquele sujeito, por força de súplicas e lágrimas, de sortilégios e feitiços, conseguiu que o destino transformasse sua gata numa mulher, com a qual se casou imediatamente.
Estava louco de amor. Nunca a dama mais bela exerceu tal domínio sobre o amante, como aquela nova esposa sobre seu marido. Ele a mimava e ela correspondia. O marido não via na consorte nem sombra da índole da felina que ela era.  E cego de paixão a não poder mais, julgou-a a mulher perfeita, até que uns ratos pequeninos, que roíam as esteiras, roeram a felicidade dos recém-casados. Assim que a esposa se levantou os ratinhos começaram a correr. Mas voltaram depois e ela voltou a atacá-los, com sucesso desta vez, porque a mudança na sua aparência enganou os roedores. [...]”[2].          

Quem ainda possui a natureza do pecado voltará a ele na primeira ocasião!

3. Israel viveu separado, a Igreja também deve viver assim!

1 Coríntios 6:15-20; 2 Coríntios 6:14-18, 7:1.

Todos os aspectos de nossa existência, intenções e atos, devem servir à vontade e à Glória de Deus, pois somos Suas propriedades e o Seu templo! Fazer qualquer tipo de aliança com o incrédulo é se tornar impuro e exalar, no lugar do bom perfume de Cristo, o cheiro podre do pecado mortífero... Nessas condições não haverá mais comunhão com o Santíssimo Deus criador.

4. A quem escolher?

2 Timóteo 2:20-22.

Devemos ter o mesmo ponto de vista de Deus sobre a vida, a amizade e o casamento para usufruirmos de uma vida que seja útil a Ele. 

5. Nem sempre um crente será uma opção para mim.

Atos 5:1-11.

Precisamos de alguém que seja a boca de Deus, as mãos de Cristo e o coração do Espírito Santo, não de cúmplices. Do contrário, nosso lar será uma fonte de amargura, não um “pedacinho do Céu”. O casamento é a união de dois pecadores, por isso é um ministério árduo, mas num casamento onde Deus é o centro e Sua Palavra é o guia temos como viver em resposta aquele que fez tudo por nós. Se alguém não ama ao Senhor e à Sua santa Palavra nunca poderá nos amar da forma correta!

Quer viver contrário à boa, perfeita e agradável vontade de Deus? Então, prepare-se para sofrer as conseqüências...

OBS: Testemunhos de casos reais sobre relacionamentos mistos.


“Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4:4).



     



[1] NAMORO CRISTÃO.
[2] DE LA FONTAINE, JEAN. Fábulas de La Fontaine. São Paulo: Editora Escala, s.d.

Perseguições - um incentivo ao despertar de missões.


Milton Júnior,
desejoso por compartilhar o fruto.   


Tema: As perseguições podem influenciar a fazer missões.
Objetivo: Advertir à igreja sobre o perigo espiritual de negligenciar missões.   

Introdução

O que são missões?
Missões não possuem um conceito sistematizado pela Bíblia, contudo ela registra diversos atos espirituais que se reúnem para demonstrar a prática de missões.
Observamos que a oração e o crescimento bíblico são atos missionários bem como o evangelismo, o testemunho de vida cristã, a contribuição material em geral, as ofertas, a hospitalidade, o trabalho braçal, etc. Há várias formas de contribuir para a evangelização do mundo; alguns de nós somos mais talentosos em uma dessas áreas do que outros e, assim, podemos contar com uma variedade de exercícios espirituais que se complementam e se aperfeiçoam mutuamente para a realização da vontade de Deus.
De modo ilustrativo, podemos enxergar missões como frutos suculentos de uma árvore frondosa. O que acontece quando esses frutos são esquecidos no pomar e ninguém pode usufruir deles? Eles caem e apodrecem... De modo geral, missões têm sido desperdiçadas nos campos do comodismo evangélico. Há bem poucas pessoas interessadas em distribuir esses frutos tão abundantes. 
Negligenciar missões é pecado, porque missões é a vontade de Deus para o Seu povo!
Vejamos, então, como a primeira igreja em Jerusalém aprendeu a compartilhar os frutos do evangelho...

Uma breve retrospectiva     

Atos 1: Introdução (1:1-5); O comissionamento (1:6-8); A ascenção de Cristo (1:9-11); A escolha do 12º apóstolo (1:12-26).
Atos 2: O dia de Pentecostes (2:1-13); O sermão de Pedro (2:14-36); Quase três mil convertidos (2:37-41); A perseverança da igreja (2:42-47).
Atos 3: Pedro cura um coxo de nascença (3:1-11); O outro sermão de Pedro (3:12-26).
Atos 4: O início da perseguição (4:1-3); Quase dois mil convertidos a mais (4:4); O testemunho de Pedro e João (4:5-22); A oração respondida (4:23-31); A provisão aos necessitados (4:32-37).
Atos 5: O castigo de Ananias e Safira (5:1-11); A igreja continua a perseverar (5:12-16); A perseguição e o livramento (5:17-20); A ousadia de Pedro e dos apóstolos (5:21-42).
Atos 6: O aumento de discípulos e a escolha de sete servos (6:1-7); A perseguição contra Estêvão (6:8-15).
Atos 7: O sermão de Estêvão (7:1-53); O apedrejamento de Estêvão (7:54-60).
Atos 8: Uma grande perseguição é deflagrada (8:1-3); A dispersão dos cristãos e a evangelização em Samaria (8:4-25); A conversão do etíope na estrada de Gaza (8:26-40).

1. Os judeus eram muito zelosos de sua cultura religiosa para admitir que os gentios pudessem receber, igualmente, a salvação. Eles ainda conservavam uma visão nacionalista a respeito do Messias, e uma visão política do Reino de Deus (At 1:6). Eles desejavam o evangelho para si mesmos apenas, porém os propósitos de Deus incluíam toda a humanidade (At 1:7-8).

2. Com o crescimento da igreja, talvez, os apóstolos e os primeiros cristãos pensassem que esse fato resultasse em crescimento político, daí, possivelmente, “adiaram” um pouco mais o testemunho à Judéia, Samaria e aos confins da Terra. O que acontece com um fruto que ninguém come? Com o passar de alguns dias, ele apodrece e não serve para mais nada, não é mesmo? O que acontece com uma igreja que não evangeliza? Ela definha... (Ap 2:5). E não definha só pelos juízos de Deus, mas porque gostamos demais do sossego de nossas congregações e somos desnorteados por ensinos enganosos sobre a graça de Deus. O que pode frutificar disso? Quanto mais ociosos estamos, mais propensos estamos à agitação e ao conflito, ao egoísmo e à inveja, aos partidarismos e às divisões; ficamos sujeitos ainda mais às perseguições. Será necessário que Deus suscite sobre nós uma grande perseguição para sairmos fugidos pelo mundo espalhando as boas novas? Nossa fé resistiria a uma grande perseguição? Saber responder a tais perguntas são importantes já que estamos prestes a sermos acuados por leis de governantes sob os ideais do Inimigo. Quem sabe a maldade estaria ainda um pouco mais contida se fossemos nós mais sensíveis à vontade dAquele que nos enviou...

O testemunho da igreja na China

Em 635, os Nestorianos, cristãos da igreja do Oriente, apresentaram o evangelho à China, um país muito orgulhoso de suas raízes e tradições. Mao Tsé-Tung e o Comunismo alcançam o poder em 1949. Na década de 1950 surgiu o Movimento Patriótico das Três Autonomias (a igreja oficial controlada pelo Partido Comunista) destinado a controlar a igreja; em 1952, missionários estrangeiros sofreram forte perseguição até saírem completamente da China e muitos líderes chineses cristãos foram presos e relegados as mais terríveis humilhações. Os cristãos chineses são muito limitados, não podendo reunir-se em templos não-registrados e evangelizar publicamente. O objetivo principal do governo é a estabilidade e o poder, usando para isso o domínio e a opressão. Sabe-se que as igrejas não-registradas recebem, esporadicamente, ataques, multas, confisco de Bíblias e destruição de templos por parte do governo; a perseguição depende do quão perigoso é considerado o grupo religioso. As leis de 1º de março de 2005 que entraram em vigor aumentaram ainda mais a opressão às igrejas não-registradas, contudo a burocracia atrapalha ainda mais a “legalização” dessas igrejas. O ano de 2008 foi marcado por deportações e detenções em massa de estrangeiros, detenções de membros de igrejas e processos contra pastores. Ter contato com cristãos estrangeiros pode ser considerado crime na China. A igreja cristã na China representa 11% dos religiosos no país e reflete o maior crescimento cristão no mundo hoje com cerca de 500 a 600 mil congregações anuais. Há um caso muito interessante em andamento do Pr Zhang Rongliang, o qual foi acusado por “obter passaporte através de fraude”  e “travessia ilegal de fronteira” após um mês de detenção sem motivos; possui cinco doenças crônicas e entre as várias vezes detido por ser cristão passou aproximadamente 12 anos encarcerado; ele tem pregado o evangelho, batizado os novos convertidos e celebrado a Ceia do Senhor na prisão; sua esposa pode visitá-lo duas vezes por mês (PORTASABERTAS... 2010)[1].

3. O exemplo de Jesus consistia em estar espiritualmente alimentado fazendo a vontade de Deus, saciando a fome espiritual dos necessitados. Deveríamos, como Ele, semear mais para que houvesse mais frutos espalhados na Terra e entesourados no Céu (Jo 4:31-38). O evangelho é compartilhado ou definha em nossas mãos?






[1] Disponível em: < http://www.portasabertas.org.br/paises/perfil.asp?ID=35 >. Acesso em: 17 out 2010.

“Orando até receber.”


Por Milton Júnior
Tema: Oração.
Objetivo: Demonstrar biblicamente os efeitos de uma oração perseverante.

Introdução

Nós sabemos, exaustivamente, que orar é comunicar algo a Deus de modo que, em tal ato, expressamos adoração, louvor, intenções e fé. Tudo que a Bíblia registra deve ser alimento de nossas almas para o crescimento da nossa vida espiritual e a oração é um dos elementos que a compõe. Princípios equivocados sobre a oração levará a expectativas frustrantes quanto à fé. Há uma cultura mística que nos incentiva a sermos persistentes em nossas petições para recebermos de Deus o que tanto desejamos. O próprio Senhor Jesus nos instigou a orarmos sem esmorecer (Lc 18:1-8). Será que as coisas são realmente assim? Observemos como o apóstolo Paulo demonstrou sua fé e gratidão através das incessantes orações feitas em favor da igreja em Tessalônica.          

1. Dois motivos de oração...

A. O primeiro motivo (1 Ts 1:3,4).

Recordando-se da...

ü  Operosidade da fé;
ü  Abnegação de amor;
ü  Firmeza de esperança.

Reconhecendo a...

ü  Eleição dos tessalônicos.

B. O segundo motivo (1 Ts 2:13):

ü  O efeito eficaz da Palavra de Deus. Apesar de limitações doutrinárias, aquela igreja era referência de padrão cristão nas regiões da Macedônia e Acaia na Europa, a atual Grécia.

A. 1. O apostolo Paulo agradecia a Deus porque, apesar de toda tribulação, o evangelho foi semeado e os eleitos floresceram em Tessalônica (1 Ts 1:6-7, 2:1-2). Ele mesmo teria dado sua própria vida por essa obra (1 Ts 2:8). Alguns crentes ainda não entenderam a real motivação da oração e dos atos de fé em harmonia com a vontade de Deus. Observemos agora a oposição explícita da fé de uma mulher chamada Elizabeth Dabney em trechos colhidos de algumas de suas cartas publicados em um artigo denominado Orando até Receber:

“Estou com uma angústia até a morte, nesta manhã. Meu coração parece que vai partir. A carga dos pecadores sobre mim está maior do que qualquer coisa que já experimentei. Posso ouvir os clamores de pessoas que estão morrendo dia e noite.”[1]

“Este é o trabalho mais duro que Deus tem para oferecer. Como lavrador, tenho de cavar dia e noite. É como terra virgem, onde arbustos, árvores, tocos, e pedras estão alojados profundamente. Na terra, toda espécie de bicho, cobra e verme é encontrada. Você poderá desalojar um desses seres desagradáveis a qualquer momento. Cavar é uma tarefa difícil. Mas este é o meu serviço. As vozes de milhões de almas clamam nos meus ouvidos o dia inteiro e a noite inteira. Tenho orado até me engajar inteiramente nesta atividade com Deus. É por isto que não visito ninguém, nem recebo visitas. Não sirvo para nada absolutamente, a não ser isto. Estou entregue integralmente à oração. Esta carga está sobre mim continuamente. Não posso colocá-la de lado e descansar nem por um momento.”[2]

A. 2. A irmã Elizabeth esqueceu-se de que Jesus já fez o sacrifício necessário para a salvação do pecador (Jo 17:18-21) e de que é preciso ir e pregar para que nasça a fé nos corações perdidos, não trancafiar-se em torres de marfins (Rm 10:14-15, 17).

2. A conclusão natural (1 Ts 5:17):

ü  Paulo orou incessante e corretamente para fazer a vontade de Deus, portanto: “Orai sem cessar.” Ele sabia que a fé, aliada à atitude correta, faria com Deus o fizesse um grande instrumento Seu. Deus sempre responderá uma oração que estiver de acordo com o Seu caráter!
ü  "A oração é o meio escolhido por Deus para realizar os Seus propósitos soberanos através de homens submissos" (André Aloísio).



[1] Trechos de cartas de Elizabeth Dabney retirados do artigo Orando até Receber, de Sarah Foulkes Moore.
[2] Ibde.